domingo, 25 de julho de 2010

Uma morte em três parágrafos

Fiquei surpreso ao chegar em casa um dia desses, meio bêbado, e descobrir que alguma coisa em mim queria morrer. Fui fechar a janela do quarto e esse cara bêbado ficou com vontade de me debruçar na janela pra saltar. Eu falei pra ele: “Você tá louco? Quer se matar, vai sozinho, pode ir. Eu fico.” Fechei a janela, a cortina, e deitei na cama inconformado. Dormi, passou a embriaguez, e o bêbado dormiu também.

Ele acordou outros dias, sóbrio. Eu, sóbrio também, não dava ouvidos. Me fazia de bobo, de surdo. Ele não podia ver uma janelinha, que já vinha me sussurrar, me pedir ao pé do ouvido... Se batia um ventinho bom então, eu quase me deixava seduzir.

Pensei e repensei, conversei com amigos, varei dias matutando sobre aquilo. E cheguei finalmente à conclusão de que tinha que deixá-lo ir. Porque estava velho, não tinha mais o que fazer por aqui. Achei justo. Abri a janela e o empurrei pra fora. Acredita que o safado não caiu? Ele voou!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Luiza

Estou há algumas semanas sem postar por probleminhas técnicos de digitalização... Consegui escanear um trabalho que fiz esses dias para a aula de canto. Transpus a "Luiza" do Tom Jobim para o meu tom de voz. Então se alguém estiver precisando, segue a harmonia e a melodia em ré menor (um tom acima do original):